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Mostrando postagens de novembro, 2018

sobre buscar respostas.

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todos buscamos por respostas durante a  merda da nossa vida toda alguns mais que outros, é claro.  normalmente,  buscamos respostas pra perguntas em que,  dependemos de respostas internas, e estas,  demoram demais pra surgir por culpa nossa mesmo. e essas perguntas que não são respondidas nos deixam loucos,  ou quase, pelo menos. mas eu não estou falando dessas perguntas,  falo daquelas que necessitam de uma resposta externa ou que dependa de alguém. como aquela de 31 horas, que eu te falei da outra vez, lembra? qualquer perguta deve ser respondida, de qualquer forma. boa ou ruim. o silêncio em alguns casos, é horrível em outros necessário. e em muitos outros,  obriga que pensamos nas piores respostas talvez eu devesse responder mais,  ou as vezes penso em não perguntar. mas como não perguntar se       n a minha cabeça fervilha milhões de perguntas? nessas horas, acendo um cigarro olho o...

uma história de dois.

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Era mais uma manhã no hospital, quando o novo diretor chegou e quis conhecer todo o prédio. Estávamos em uma cidade pequena do interior, nada era muito desconhecido por aqui. Desde as pessoas, até a comunidade política e a elite, eram todos conhecidos. Andávamos pelo prédio, enquanto eu, o atual vice-diretor e antigo chefe dos médicos apresentava todos os setores de tratamento de enfermos. Caminhávamos pelo corredor dos acidentes graves, e já havíamos passado por vários outros, como o setor de queimados, fraturas, pediátrico e geriátrico. Seguíamos por um corredor comprido e com alguns problemas de iluminação, que eram ignorados pelo atual diretor. Uma placa, bem acima da nossa cabeça, indicava o setor de doentes psicológicos. - Não sabia que tínhamos um manicômio anexado ao prédio do hospital. – Disse ele. - É um prédio antigo, que ficou anexado por estarmos em uma cidade pequena, talvez esse setor não seja um problema para o senhor. Normalmente é onde temos menos problemas. ...

devaneios.

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31 horas,  esse foi o tempo que eu esperei por uma resposta antes de, finalmente, desistir.  Eu sempre falo em desistir e desistir, mas ninguém nunca me viu desistir. talvez por que eu fale demais sobre isso, ou talvez por que eu fale e não faça. maldita geraçao do fala mais do que faz. essa é a primeira vez que eu realmente desisto. e isso dói. espero não ter que desistir outras vezes. as vozes na minha cabeça e um certo           sentimento no meu coração dizem: " não faça isso, você vai se arrepender " tenho acreditado que não. diante total falta de interesse em assuntos especificos,  tenho desistido de tudo e todos. tenho me cercado de sentimentos que são dificeis de controlar, tenho me visto em meio a pessoas que pouco se importam. não tenho mais psicológico. tenho odiado e amado na mesma intensidade. ou talvez odiado mais do que amado. e as dores que queimavam meu peito com sentimentos bons,  hoje inflamam...

Sobre um dia desses, e um sentimento desses.

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Era quinta, ou sexta, ou poderia ser até sábado. Eu não sei muito bem mais que dia é. Já passava das 17 horas quando eu resolvi sair de casa pra tentar deixar tudo aquilo que estava na minha cabeça na primeira lata de lixo que eu visse pela rua. O dia estava nublado, e chuviscava um pouco também. E como sempre, eu não tinha um guarda-chuvas. Vai que começa a chover, fodeu. Sai de casa e decidi que andaria sem rumo. Peguei o que restava dos cigarros e uma caixa de fósforos, botei uma blusa, boné e coloquei os fones de ouvido. Muitas coisas estavam na minha cabeça e nada estava na minha cabeça ao mesmo tempo. Eu conseguia sentir todos os sentimentos do mundo, desde amor, paz até ódio, medo, rancor, tudo ao mesmo tempo. Caminhei por umas quatro quadras e a chuva apertou um pouco, avistei um lugar aberto, era um boteco, entrei. Fui até o balcão, sentei e esperei o dono do bar me atender. - E aí mano, como cê tá? Ao ouvir a voz, olhei estranhando a forma como o dono do bar se diri...

sobre um encontro

É uma noite chuvosa, e enquanto os pingos de chuva marcam a janela, vou eu, sentado sozinho na cozinha, numa cadeira, em meio a todo espaço vazio do apartamento, tragando um cigarro.   Minha cabeça está uma bagunça, é sempre assim quando ela se vai. Ela não se foi pra sempre, eu sei. Mas a cada saída e a distância deixam minha cabeça confusa. Entre um trago e outro, busco o copo cheio, dou um gole, o estômago vazio recebe como uma bordoada, foda-se. A fumaça sobe, enquanto naquele espaço vazio que chamo de casa, o tudo se transforma em nada e o nada invade meu corpo. Tudo o que tenho agora, é a lembrança da noite passada, e dos momentos antes de ela partir. O apartamento não é dos maiores, e nem tem muitas coisas, mas tem o básico para que eu possa viver normalmente e muitos livros. Sim, muitos livros. As estantes cheias de livros dão um ar de espaço cheio. Na sala, um pequeno sofá, uma tv e mais nada. A cozinha, um fogão e um micro-ondas, uma pia e uma geladeira. O quarto,...

sobre um sorriso

lembro-me de estar sentado em uma cadeira apenas uma cadeira em um quarto. a minha frente, havia um instrumento músical,  não sei qual era havia uma poltrona, uma cama,  e um guarda roupas. enquanto eu fumava um cigarro, alguém balançava a poltrona para frente e para trás. não me lembro de alguém entrar,  ou alguém falar comigo. ainda sentado, soltando fumaça dei um trago profundo,  buscando algo para beber. a poltrona vira-se, lentamente e dela emana um sorriso. um  sorriso diferente. algo naquele sorriso me prendia. enquanto a fumaça subia lentamente, dançando pelo ar, esgueirando-se pela parede. tudo voltou,           num piscar de olhos a realidade batia a porta novamente. mas aquele sorriso,     iluminava meus olhos. onde nem o quarto escuro, nem as tristezas da vida, nem todos os tropeços e abandonos, nem toda decepção, era capaz de ...

sem nome

as vezes é dificil ajudar alguém. as vezes ela me dizia que precisava conversar, e que as coisas não andavam bem. eu estava ali, sempre, para ouvir.        mas nunca ouvi nada. eu sempre me aproximei com o intuito de ajudar,  com o intuito de ser útil a ela,                ou a quem quer que fosse. e eu nunca entendi apenas um olhar. entendo que o silencio    , muitas vezes,  diz muitas palavras e que precisamos apoiar, também, os silencios. entendo que precisamos nos ajudar, nos momentos bons e nos momentos ruins ( e principalmente nos atuais momentos ). e mesmo que,  seja dificil,  ajudar os outros tem sido uma prioridade. uma prioridade acima até de mim mesmo   e as vezes, não conseguir, é decepcionante. não ouvir uma resposta,  não perceber um olhar. em momentos de desistencias corriqueiras, tento não desistir de tudo, de vez. tento fugir pra um mund...