sobre uma parabola
Esses dias atrás, alguém me disse uma parabola que não sai da minha cabeça. Primeiro por que eu não me lembrava muito bem o que era uma parabola e segundo, por que ele explicou a parabola e foi mais ou menos como explicar poesia, por um lado acabou com a parabola, mas por outro, se ele não explicasse, juro que ninguém entenderia.
Eu estava sentado no refeitório do trabalho, quando no meio de uma conversa sobre futebol, um senhor apareceu vendendo vassouras. Infelizmente não poderiamos ajudá-lo comprando vassouras, pois já haviamos comprado 3 vassouras novas. O curioso é que este mesmo senhor, passava uma vez por mês, sempre entre os dias 7 e 9 do mês, por volta do mesmo horário e oferecia vassouras. Sempre com uma calça social, camisa social com dois botões abertos, um sapato social já surrado pelo caminhar na rua, e um chapéu um pouco grande para o tamanho da sua cabeça. Exclusivamente, neste dia o almoço atrasou e estavamos almoçando mais tarde do que o normal. Então ele apareceu, ofereceu as vassouras e recusamos, ele viu que almoçava-mos e ofereçemos almoço para ele. Ele agradeceu, disse que já havia almoçado e começou a contar sobre como o seu dia estava sendo cansativo. Oferecemos uma cadeira e um pouco de água. Ele se sentou e disse que ia contar uma parabola. Ajeitou sua calça marrom, tirou o chapéu e pôs no colo, mostrando os cabelos brancos.
- Sabe meus fio - começou ele - as veis a gente tem que ser peixe, e as veis a gente tem que ser foia. Ceis intenderam?
Naturalmente, naquela situação, ninguém compreendeu o que o senhor quis dizer. Logo, ele pôs o chapéu de volta na cabeça, deu um sorriso e voltou a dizer:
- Essa é uma das coisa mai bunita e mai importante que a gente precisa guarda na nossas vida. Eu vo exprica pra vocês essa parabola, num deveria, mas vou pro ceis entenderem o que eu quis dizê. Um peixe, quando tá no rio, ele fais o que? Luta contra a correnteza, corre rio acima pra consegui sobrevive, num é?
- É sim - exclamei concordando com ele.
- Pois intão, o que a foia faiz quando cai num rio? Segue a correnteza e vai embora, diferente do peixe. As veis, a gente precisa ser peixe e infrentá todos os desafio da vida, sabe? Mais tem hora que a gente tem que ser foia e deixar a vida seguir seu plano também.
Naquele exato momento, nada fez sentido pra mim, mas eu ouvia o senhorzinho por que, ele parecia querer conversar e não tinha ninguém pra isso. Ele sorriu, agradeceu a água e foi embora, carregando um maço com umas 10 vassouras. Algum tempo depois que o senhorzinho se foi, aquela parabola, que havia ficado gravada em minha cabeça, começou a fazer sentido.
Em meio a cavacos de ferro quente, óleo e graxa, eu começava a compreender o ser peixe e ser folha que aquele senhor tentava nos dizer.
Eu tenho tentado ser peixe, a muito tempo. Era hora de ser folha. As vezes eu ainda era peixe e lutava um pouco contra a correnteza, mas não era isso que eu deveria fazer, então voltava a ser folha.
Em meio a reclamações minhas por que cavacos de ferro quente voavam em meu braço, eu sorria e compreendia um pouco mais da vida. Gostaria de agradecer aquele senhor que, provavelmente, voltará lá pelo dia 7 ou 9 do mês que vêm, e se eu conseguir me lembrar de algo, vou agradece-lo por me salvar um pouco da vida.
Talvez, mas só talvez, mais ninguém naquele refeitório tivesse entendido a parabola como eu entendi. Na verdade, acho que eles nem ouviram o senhorzinho. Talvez mais alguém que leia isso entenda essa parabola como eu entendi.
No final, eu acho que a gente é peixe demais as vezes e esquece que ser folha é necessário.
Eu estava sentado no refeitório do trabalho, quando no meio de uma conversa sobre futebol, um senhor apareceu vendendo vassouras. Infelizmente não poderiamos ajudá-lo comprando vassouras, pois já haviamos comprado 3 vassouras novas. O curioso é que este mesmo senhor, passava uma vez por mês, sempre entre os dias 7 e 9 do mês, por volta do mesmo horário e oferecia vassouras. Sempre com uma calça social, camisa social com dois botões abertos, um sapato social já surrado pelo caminhar na rua, e um chapéu um pouco grande para o tamanho da sua cabeça. Exclusivamente, neste dia o almoço atrasou e estavamos almoçando mais tarde do que o normal. Então ele apareceu, ofereceu as vassouras e recusamos, ele viu que almoçava-mos e ofereçemos almoço para ele. Ele agradeceu, disse que já havia almoçado e começou a contar sobre como o seu dia estava sendo cansativo. Oferecemos uma cadeira e um pouco de água. Ele se sentou e disse que ia contar uma parabola. Ajeitou sua calça marrom, tirou o chapéu e pôs no colo, mostrando os cabelos brancos.
- Sabe meus fio - começou ele - as veis a gente tem que ser peixe, e as veis a gente tem que ser foia. Ceis intenderam?
Naturalmente, naquela situação, ninguém compreendeu o que o senhor quis dizer. Logo, ele pôs o chapéu de volta na cabeça, deu um sorriso e voltou a dizer:
- Essa é uma das coisa mai bunita e mai importante que a gente precisa guarda na nossas vida. Eu vo exprica pra vocês essa parabola, num deveria, mas vou pro ceis entenderem o que eu quis dizê. Um peixe, quando tá no rio, ele fais o que? Luta contra a correnteza, corre rio acima pra consegui sobrevive, num é?
- É sim - exclamei concordando com ele.
- Pois intão, o que a foia faiz quando cai num rio? Segue a correnteza e vai embora, diferente do peixe. As veis, a gente precisa ser peixe e infrentá todos os desafio da vida, sabe? Mais tem hora que a gente tem que ser foia e deixar a vida seguir seu plano também.
Naquele exato momento, nada fez sentido pra mim, mas eu ouvia o senhorzinho por que, ele parecia querer conversar e não tinha ninguém pra isso. Ele sorriu, agradeceu a água e foi embora, carregando um maço com umas 10 vassouras. Algum tempo depois que o senhorzinho se foi, aquela parabola, que havia ficado gravada em minha cabeça, começou a fazer sentido.
Em meio a cavacos de ferro quente, óleo e graxa, eu começava a compreender o ser peixe e ser folha que aquele senhor tentava nos dizer.
Eu tenho tentado ser peixe, a muito tempo. Era hora de ser folha. As vezes eu ainda era peixe e lutava um pouco contra a correnteza, mas não era isso que eu deveria fazer, então voltava a ser folha.
Em meio a reclamações minhas por que cavacos de ferro quente voavam em meu braço, eu sorria e compreendia um pouco mais da vida. Gostaria de agradecer aquele senhor que, provavelmente, voltará lá pelo dia 7 ou 9 do mês que vêm, e se eu conseguir me lembrar de algo, vou agradece-lo por me salvar um pouco da vida.
Talvez, mas só talvez, mais ninguém naquele refeitório tivesse entendido a parabola como eu entendi. Na verdade, acho que eles nem ouviram o senhorzinho. Talvez mais alguém que leia isso entenda essa parabola como eu entendi.
No final, eu acho que a gente é peixe demais as vezes e esquece que ser folha é necessário.
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