sobre João Roberto
nunca consegui ser como Jonny.
nunca fui um cara legal,
na verdade, na escola eu era o esquisito.
nunca tive um opala metálico azul,
só consegui ter um gol bolinha, ano 97, vermelho.
nunca fui o rei dos pegas na asa sul ou em outro lugar,
mas é por que eu não sei fazer isso mesmo.
eu nunca peguei um violão e conquistei as meninas e quem mais quisesse ver
por que eu nunca aprendi a tocar um instrumento, ou fazer algo que encantesse as meninas (e quem mais quisesse ver).
eu nunca soube nada de Janis, Led Zeppelin, Beatle ou Roling Stones
por que eu nunca ouvi as musicas que todo mundo gostava, meu gosto era tido como sempre esquisito, assim como eu.
mas eu entendo Jonny, com seu sorriso estranho e seu "andar quieto demais" que quase ninguém percebeu.
posso dizer que eu entendo um pouco e compartilho os seus sentimentos.
nunca fui para a curva do Diabo em Sobradinho,
mas eu entendo um pouco do que se passou pela cabeça de Jonny nesse momento.
nada disso que aconteceu com Jonny,
aconteceria comigo.
eu e Jonny,
mesmo que proximos por uma vida toda,
estamos distantes nas nossas vidas.
talvez nunca fossemos amigos,
nunca conversassemos,
mas eu, com certeza, gostaria de ser amigo dele.
até os feras demais,
vacilam por um coração partido.
"os normais, decidem morrer,
mas não adianta morrer"
eu sigo desistindo e desistindo,
e
tudo bem desistir.
nunca fui um cara legal,
na verdade, na escola eu era o esquisito.
nunca tive um opala metálico azul,
só consegui ter um gol bolinha, ano 97, vermelho.
nunca fui o rei dos pegas na asa sul ou em outro lugar,
mas é por que eu não sei fazer isso mesmo.
eu nunca peguei um violão e conquistei as meninas e quem mais quisesse ver
por que eu nunca aprendi a tocar um instrumento, ou fazer algo que encantesse as meninas (e quem mais quisesse ver).
eu nunca soube nada de Janis, Led Zeppelin, Beatle ou Roling Stones
por que eu nunca ouvi as musicas que todo mundo gostava, meu gosto era tido como sempre esquisito, assim como eu.
mas eu entendo Jonny, com seu sorriso estranho e seu "andar quieto demais" que quase ninguém percebeu.
posso dizer que eu entendo um pouco e compartilho os seus sentimentos.
nunca fui para a curva do Diabo em Sobradinho,
mas eu entendo um pouco do que se passou pela cabeça de Jonny nesse momento.
nada disso que aconteceu com Jonny,
aconteceria comigo.
eu e Jonny,
mesmo que proximos por uma vida toda,
estamos distantes nas nossas vidas.
talvez nunca fossemos amigos,
nunca conversassemos,
mas eu, com certeza, gostaria de ser amigo dele.
até os feras demais,
vacilam por um coração partido.
"os normais, decidem morrer,
mas não adianta morrer"
eu sigo desistindo e desistindo,
e
tudo bem desistir.
Adoro essa música do Legião Urbana. Também nunca fui como Jhonny. Sempre estive mais pro sidekick do mocinho. Aquele que todos sabem que existe, mas que ninguém liga muito. Engraçado, de uns tempos pra cá passei a interpretar essa música com outros olhos. "Conquistava as meninas/E quem mais quisesse ter". "E o que dizem que foi tudo/Por causa de um coração partido". Me parece estranho o Jhonny, que poderia ter qualquer pessoa que quisesse, sofrer por amor. Acho que pode haver aí uma referência à homossexualidade. Vindo do Renato, acho bem plausível. Afinal, ele conquistava "quem quisesse ter", independentemente do gênero. Creio que essa música pode ser mais do que uma simples narrativa, mas a expressão da incapacidade humana de lidar com suas condições, com seus demônios internos. O cara era o ícone da escola, afinal. Tinha uma imagem consolidada e que deveria se subordinar aos seus anseios pessoais. Ness sentido, acho que somos mais "Johnny" do que imaginamos.
ResponderExcluir*e que não deveria se subordinar
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