Sobre caminhar uma noite.
Eu caminhava por uma rua deserta, próximo ao novo bairro da cidade, e enquanto caminhava, tentava não pensar em nada, e deixar apenas minha mente devagar pela imensidão do breu que havia naquela região.
Caminhando por uma das ruas ainda sem nome, ela vem até meu ouvido e me diz:
- Hey, você não vai mais falar comigo mesmo né? Eu ssó queria o seu bem aquela noite!
- Eu preciso pensar - respondi - você foi longe demais com tudo aquilo.
- Mas, eu já falei, eu queria seu bem e você sabe que aquilo tudo que estava contecendo não iria dar certo mesmo.
- Tá, mas será que você poderia me ajudar a pensar e não ficar gritando histéricamente ?
- Mas você não me ouve, você tá sempre me ignorando quando eu falo que você precisa fazer uma coisa assim ou assim.
Silêncio.
- Tá, você prefere ficar quieto mesmo, não é? É sempre assim, você se tornou um bosta mesmo depois disso tudo.
- Pelo amor de Deus, fica quieta. Só me deixa pensar em tudo isso que tá acontecendo aqui.
Caminhei por mais algumas quadras relembrando tudo o que havia acontecido.
- Hey - uma voz masculina no meu ouvido - você tá bem bravo com ela né?
- Por que você quer saber?
- Ela tá chorando aqui, odeio quando ela chora.
Eu não entendo mais porque isso tudo.
- Deixa ela - disse - não é nada culpa dela, não sei por que ela ainda tá desse jeito.
- Não gosto de me meter, só falo com você quando você precisa ou está em perigo, mas ela acha que você não gosta mais dela.
- Ah, meu Deus ... é sério? Ela te falou?
- Não falou, mas eu conheço ela.
- Deixa ela chorar, não fala nada.
Caminhei por mais alguns quarteirões me lembrando de como eu havia ficado triste com algumas respostas que a vida estava me dando. Com como eu estava cada vez mais perdido e com como eu não encontrava nenhuma resposta pra tudo o que eu estava sentindo. Viver nunca teve sentido algum, e eu só sabia disso agora. Busquei em livros, em pessoas e em coisas um sentido pra ainda estar aqui.
Continuei mais alguns metros caminhando. Sem sentir nada, sem ser nada e apenas existindo naquele tempo/espaço. Ouvi algum choro em algum lugar. Olhei a minha volta e não havia nada, nem ninguém. Mais dois quarteirões se passaram.
- Eu te amo! - ela disse num tom de choro.
- Eu também, mas...
- Eu sei ... mas eu sempre vou estar aqui pra te ajudar. Desculpa ter gritado com você ontem, eu sou uma idiota.
- Tudo bem, não precisa chorar por isso, eu só queria pensar, eu só precisava refletir sobre tudo o que aconteceu.
- Mas você sabe que eu falei tudo aquilo pro seu bem, né?
- Eu sei,e eu concordei com você em um monte de coisa, eu só não tinha mais o que falar.
Continuei caminhando, estava próximo do fim do bairro, alguns postes de luz estavam instalados já e menos da metade tinha luz. Pela rua escura, caminhei, sozinho, cerca de 20 quarteirões, num escuro profundo, refletindo sobre a minha existência, e tento a confirmação de que, a vida não tem sentido e que é bom que ela não tenha sentido mesmo.
Ninguém mais falava nada, acho que estavamos conversados agora. Acho que tudo esta bem de novo.
Próximo ao fim da rua, próximo a um poste, haviam duas pessoas. Um rapaz, bem apessoado, roupa bonita, bem vestido que fumava um cigarro. Ao seu lado, uma mulher, de vestido longo, fumava um cigarro também, tinha um enfeite no cabelo e sorria bastante. Passei, ví os dois ali, pensei em ignora-los e seguir minha vida.
Quando eu estava passando exatamente em frente a eles, ouvi dizerem:
- Boa noite, meu filho!
- Boa noite, meu filho!
- Boa noite - respondi.
- Segue em paz, meu fi. - o rapaz disse - vai com Deus.
A moça olhou pra mim e sorriu.
- Obrigado, fiquem com ele também. - respondi
Segui caminhando. Não sei quem eram eles. Mas minha cabeça estava em paz agora.
Caminhando por uma das ruas ainda sem nome, ela vem até meu ouvido e me diz:
- Hey, você não vai mais falar comigo mesmo né? Eu ssó queria o seu bem aquela noite!
- Eu preciso pensar - respondi - você foi longe demais com tudo aquilo.
- Mas, eu já falei, eu queria seu bem e você sabe que aquilo tudo que estava contecendo não iria dar certo mesmo.
- Tá, mas será que você poderia me ajudar a pensar e não ficar gritando histéricamente ?
- Mas você não me ouve, você tá sempre me ignorando quando eu falo que você precisa fazer uma coisa assim ou assim.
Silêncio.
- Tá, você prefere ficar quieto mesmo, não é? É sempre assim, você se tornou um bosta mesmo depois disso tudo.
- Pelo amor de Deus, fica quieta. Só me deixa pensar em tudo isso que tá acontecendo aqui.
Caminhei por mais algumas quadras relembrando tudo o que havia acontecido.
- Hey - uma voz masculina no meu ouvido - você tá bem bravo com ela né?
- Por que você quer saber?
- Ela tá chorando aqui, odeio quando ela chora.
Eu não entendo mais porque isso tudo.
- Deixa ela - disse - não é nada culpa dela, não sei por que ela ainda tá desse jeito.
- Não gosto de me meter, só falo com você quando você precisa ou está em perigo, mas ela acha que você não gosta mais dela.
- Ah, meu Deus ... é sério? Ela te falou?
- Não falou, mas eu conheço ela.
- Deixa ela chorar, não fala nada.
Caminhei por mais alguns quarteirões me lembrando de como eu havia ficado triste com algumas respostas que a vida estava me dando. Com como eu estava cada vez mais perdido e com como eu não encontrava nenhuma resposta pra tudo o que eu estava sentindo. Viver nunca teve sentido algum, e eu só sabia disso agora. Busquei em livros, em pessoas e em coisas um sentido pra ainda estar aqui.
Continuei mais alguns metros caminhando. Sem sentir nada, sem ser nada e apenas existindo naquele tempo/espaço. Ouvi algum choro em algum lugar. Olhei a minha volta e não havia nada, nem ninguém. Mais dois quarteirões se passaram.
- Eu te amo! - ela disse num tom de choro.
- Eu também, mas...
- Eu sei ... mas eu sempre vou estar aqui pra te ajudar. Desculpa ter gritado com você ontem, eu sou uma idiota.
- Tudo bem, não precisa chorar por isso, eu só queria pensar, eu só precisava refletir sobre tudo o que aconteceu.
- Mas você sabe que eu falei tudo aquilo pro seu bem, né?
- Eu sei,e eu concordei com você em um monte de coisa, eu só não tinha mais o que falar.
Continuei caminhando, estava próximo do fim do bairro, alguns postes de luz estavam instalados já e menos da metade tinha luz. Pela rua escura, caminhei, sozinho, cerca de 20 quarteirões, num escuro profundo, refletindo sobre a minha existência, e tento a confirmação de que, a vida não tem sentido e que é bom que ela não tenha sentido mesmo.
Ninguém mais falava nada, acho que estavamos conversados agora. Acho que tudo esta bem de novo.
Próximo ao fim da rua, próximo a um poste, haviam duas pessoas. Um rapaz, bem apessoado, roupa bonita, bem vestido que fumava um cigarro. Ao seu lado, uma mulher, de vestido longo, fumava um cigarro também, tinha um enfeite no cabelo e sorria bastante. Passei, ví os dois ali, pensei em ignora-los e seguir minha vida.
Quando eu estava passando exatamente em frente a eles, ouvi dizerem:
- Boa noite, meu filho!
- Boa noite, meu filho!
- Boa noite - respondi.
- Segue em paz, meu fi. - o rapaz disse - vai com Deus.
A moça olhou pra mim e sorriu.
- Obrigado, fiquem com ele também. - respondi
Segui caminhando. Não sei quem eram eles. Mas minha cabeça estava em paz agora.
Comentários
Postar um comentário