O mar.
Ele caminha calmamente pela orla da praia. Nada parece tirar sua atenção do chão enquanto ele caminha calmamente. Andando sozinho, pensando em tudo ao mesmo tempo, ele encontra e desencontra pessoas. Caminha solitário, acompanhado de todos seus pensamentos, até próximo ao quiosque do hotel onde está hospedado. Entra na areia e caminha por mais alguns metros. Para. Olha para trás e sussurra:
- ela não vem.
Seu relógio apita, são duas horas da manhã. Nada faz sentido e ele está de frente a imensidão do mar.
Continua caminhando calmamente até a beira do mar.
Para.
Fica observando todo o movimento do mar e tentando compreender a organização da quebra das ondas.
Um barulho surge, bem ao fundo.
Ele se vira rápido, olha e vê alguém correndo em sua direção. Seu coração acelera, se aquece e o desejo de que seja ela é maior que qualquer outro pensamento.
Com a proximidade da pessoa, ele se vira, abre um sorriso e espera que ela chegue direto nos seus braços.
Maldita infelicidade.
Um jovem, de aparentemente 10 anos se aproxima, pega uma bola que estava a cerca de cinquenta centímetros dele e volta correndo.
O sorriso continua em seu rosto, ele volta-se para o mar. É ele, ali, ele e o nada.
Flertando.
Ele tira o tênis e a areia começa a penetrar entre seus dedos. Calmamente ele deixa o tênis na areia e caminha em direção ao mar, com o sorriso ainda no rosto, menor do que esperava ter, mas ainda assim um sorriso no rosto.
Sussurra:
- ela não vem mesmo.
Ele da três passos e a primeira onda bate diretamente em sua canela. Ele para, observa a próxima onda e com o mesmo sorriso, se lembra da primeira vez que se beijaram. O local escuro, ele estava eufórico, ela havia fugido de casa para se encontrar com ele. Talvez, um dos melhores momentos da vida dele.
Ele caminha mais alguns passos, uns seis, outra onda bate e molha suas coxas.
Ele para mais uma vez, se lembra da vez em que ele entregou um bilhete pra ela dizendo o primeiro "eu te amo", ela sorriu o sorriso mais bonito que ele tinha visto na vida toda
Mais alguns passos e a próxima onda quebra em seu peito, joga ele para trás. Ele sorri, se lembra do primeiro abraço, ela tinha conseguido juntar todas as peças quebradas que eram ele. O melhor abraço que ele havia ganhado.
A ele caminhou mais alguns passos e encontrou um buraco na areia, que fez com que ele afundasse e não recebesse a pancada da última onda. No entanto, a movimentação embaixo da água fez com que ele girasse sem saber para qual sentido estava indo. Uma espécie de montanha russa as cegas.
A cada onda que passava o ar acabava em seus pulmões e os giros em baixo da água eram cada vez mais frenéticos. Ele já sabia que ela não viria mais, sabia que ninguém o ajudaria, e uma frase não saia da sua cabeça: " eu te amo, mas não sei mais o que fazer "
Mais uma onda, o pouco ar de seus pulmões saem e agora ele precisa respirar, as voltas que seu corpo deu já fizeram com que ele não soubesse mais onde está. A única saída era respirar ali mesmo. Talvez ninguém se lembrasse mais, ou não se importasse com ele.
Ele sentiu tudo o que poderia sentir, ele amou de formas nunca imaginadas. E agora era a hora de se deixar ir.
A primeira respirada que ele deu, já fez com que seus pulmões se enchessem de água e ele afundou, ali mesmo.
O mar ficou calmo, sem ondas. A noite estava bonita.
E ela nunca apareceu.
- ela não vem.
Seu relógio apita, são duas horas da manhã. Nada faz sentido e ele está de frente a imensidão do mar.
Continua caminhando calmamente até a beira do mar.
Para.
Fica observando todo o movimento do mar e tentando compreender a organização da quebra das ondas.
Um barulho surge, bem ao fundo.
Ele se vira rápido, olha e vê alguém correndo em sua direção. Seu coração acelera, se aquece e o desejo de que seja ela é maior que qualquer outro pensamento.
Com a proximidade da pessoa, ele se vira, abre um sorriso e espera que ela chegue direto nos seus braços.
Maldita infelicidade.
Um jovem, de aparentemente 10 anos se aproxima, pega uma bola que estava a cerca de cinquenta centímetros dele e volta correndo.
O sorriso continua em seu rosto, ele volta-se para o mar. É ele, ali, ele e o nada.
Flertando.
Ele tira o tênis e a areia começa a penetrar entre seus dedos. Calmamente ele deixa o tênis na areia e caminha em direção ao mar, com o sorriso ainda no rosto, menor do que esperava ter, mas ainda assim um sorriso no rosto.
Sussurra:
- ela não vem mesmo.
Ele da três passos e a primeira onda bate diretamente em sua canela. Ele para, observa a próxima onda e com o mesmo sorriso, se lembra da primeira vez que se beijaram. O local escuro, ele estava eufórico, ela havia fugido de casa para se encontrar com ele. Talvez, um dos melhores momentos da vida dele.
Ele caminha mais alguns passos, uns seis, outra onda bate e molha suas coxas.
Ele para mais uma vez, se lembra da vez em que ele entregou um bilhete pra ela dizendo o primeiro "eu te amo", ela sorriu o sorriso mais bonito que ele tinha visto na vida toda
Mais alguns passos e a próxima onda quebra em seu peito, joga ele para trás. Ele sorri, se lembra do primeiro abraço, ela tinha conseguido juntar todas as peças quebradas que eram ele. O melhor abraço que ele havia ganhado.
A ele caminhou mais alguns passos e encontrou um buraco na areia, que fez com que ele afundasse e não recebesse a pancada da última onda. No entanto, a movimentação embaixo da água fez com que ele girasse sem saber para qual sentido estava indo. Uma espécie de montanha russa as cegas.
A cada onda que passava o ar acabava em seus pulmões e os giros em baixo da água eram cada vez mais frenéticos. Ele já sabia que ela não viria mais, sabia que ninguém o ajudaria, e uma frase não saia da sua cabeça: " eu te amo, mas não sei mais o que fazer "
Mais uma onda, o pouco ar de seus pulmões saem e agora ele precisa respirar, as voltas que seu corpo deu já fizeram com que ele não soubesse mais onde está. A única saída era respirar ali mesmo. Talvez ninguém se lembrasse mais, ou não se importasse com ele.
Ele sentiu tudo o que poderia sentir, ele amou de formas nunca imaginadas. E agora era a hora de se deixar ir.
A primeira respirada que ele deu, já fez com que seus pulmões se enchessem de água e ele afundou, ali mesmo.
O mar ficou calmo, sem ondas. A noite estava bonita.
E ela nunca apareceu.
Comentários
Postar um comentário