sobre uma porta.

para todos existem barreiras e mais barreiras na vida
a minha é aquela maldita porta.

o que havia naquela naquela porta de tão instigante?
havia um dos maiores tesouros que eu já havia encontrado em toda minha vida.

eu estou sentado em frente a porta.
um cigarro na mão, uma garrafa em cima da mesa do apartamento vazio.

o vazio em mim, o desejo.
tudo se funde com o nada e me transborda.

o nada me transborda, 
enquanto a porta,
protege de mim, aquilo que eu mais quero.

ou será que ela protege o tal tesouro de mim?

o nada transborda, ainda.
seguido da confusão e do desejo de tê-la em meus braços.

o medo, a alegria, a angústia

tudo torna-se nada e transborda 
enquanto aquela maldita porta, 

continua fechada.

mesmo desviando entre os diferentes caminhos que crio dentro do apartamento, tudo me leva a porta. 

tudo me faz encarar a porta que por um segundo se abre.

eu espio, vejo meu tesouro, 
ele sorri,

diz: Oi, vem aqui.

me aproximo, observo pela abertura da porta.

ela sorri, resplandecente.

me olha,

a porta se fecha.

estou sentado na mesa do apartamento vazio, 
o nada me transborda.

será que um dia, abraçarei o tesouro 
direi com todas as palavras:

finalmente eu tenho você!


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